O evento é gratuito

De 28 a 30 de novembro, palestras sobre tecnologia no agronegócio, produtividade e pecuária acontecerão na Trilhas do Agro, evento gratuito promovido pela AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto.

No primeiro dia (28/11), o engenheiro Ricardo Inamasu, membro da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, vai falar sobre O futuro da automação agrícola. Ele também é membro da Câmara Temática de Inovação Agrodigital e atua nesse setor na Embrapa.

O engenheiro agrônomo Ivan Wedekin, que é membro do Conselho Superior de Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Cosag/Fiesp) e diretor de Commodities da BM&FBOVESPA, vai ministrar palestra sobre A construção de um agronegócio gigante e global no segundo dia do evento (29/11).

Para encerrar (30/11), o engenheiro agrônomo José Luiz Sammarco Palma vai falar sobre o manejo do cavalo Mangalarga Marchador, raça genuinamente brasileira formada há cerca de 200 anos em uma fazenda no Sul de Minas Gerais.

Todos os dias o Trilhas do Agro 2023 começará às 18h30, recepcionando os participantes com um coffee break na sede da AEAARP – entrada pela Rua Clemente Ferreira, 330.

AGENDA

28 de novembro

18h30 Recepção

19h Abertura da Trilha do Agro 2023

19h40 O futuro da automação agrícola

Ricardo Inamasu

Doutor em Engenharia Mecânica pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, fez pós-doutorado em Engenharia de Biossistema na Universidade de Nebraska. Coordena diversas áreas da Embrapa. É membro da Câmara Temática de Inovação Agrodigital e da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão.

29 de novembro

18h30 Recepção

19h A construção de um agronegócio gigante e global

Ivan Wedekin

Engenheiro agrônomo e Diretor da Wedekin Consultores, membro do Conselho Superior de Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Cosag/Fiesp). Já atuou como Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA/MAPA (2003-2006). Diretor de Commodities da BM&FBOVESPA – Bolsa de Valores.

30 de novembro

18h30 Recepção

19h Uma história real do Mangalarga Marchador

José Luiz Sammarco Palma

Engenheiro agrônomo pela ESALQ – Escola Superior De Agricultura Luiz De Queiroz – Usp Piracicaba/Sp. Já atuou como presidente e vice-presidente do NUMAN – Núcleo Alta Mogiana dos criadores de cavalo Mangalarga Marchador/ABCCMM.

AEAARP Cultural é gratuito

22 de novembro a AEAARP- Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto promove o AEAARP Cultural com Roberto Sebastião Bueno, conhecido como Bueno, e o Grupo Colibri. Eles vão apresentar um espetáculo de choro mesclado com os bastidores de cada música, contados por Bueno.

O show do Grupo Colibri com o cantor Bueno começa às 18h30. A entrada da sede do evento é pela Rua Clemente Ferreira, 330.

AGENDA

AEAARP Cultural

Data: 22/11/2023, quarta-feira, 18h30

Local: AEAARP - R. Clemente Ferreira, 330

Convidados: Bueno e Grupo Colibri

Próxima meta é coletar 1 tonelada de blister por mês

4,5 toneladas de resíduos foram coletados em outubro e estão sendo enviados para reciclagem pela Campanha Civilidade nas Ruas. A Cooperagir, cooperativa de recicladores parceira da campanha, acaba de divulgar que foram coletadas 2,5 toneladas de papel/papelão, 300kg de latinha, 600kg de garrafas pet, 200kg de plástico e quase uma tonelada de blisters (cartelas de medicamento vazias). 

A Civilidade nas Ruas recebe uma cadeira de banho a cada tonelada de blister coletada e uma cadeira de rodas a cada tonelada e meia – as cadeiras são doadas a entidades assistenciais da cidade. A meta da campanha é arrecadar uma tonelada de blister por mês. Recentemente, essa quantidade era arrecadada a cada três meses. Hoje, o período caiu para um mês e meio. Até o início de 2024, os organizadores pretendem atingir 1.000kg por mês de cartela vazias de comprimidos. 

No Jardim São Luiz, onde se encontra a sede da AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto, idealizadora da campanha lançada em 2019, é ponto de coleta de blister, lacres de latinha e tampinhas de plástico. A entidade recebe descartáveis diariamente de moradores do bairro e de vários outros bairros da cidade, além de empresas e instituições do município.

Civilidade nas Ruas

A campanha, idealizada pela AEAARP, existe desde 2019, com objetivo de estimular a população a destinar corretamente resíduos recicláveis que são enviados para empresas que reutilizam os materiais em processos de fabricação de novos produtos. 

“O processo de destinação correta de materiais pelos munícipes e encaminhamento dos recicláveis para indústrias é um ciclo virtuoso que contribui para a qualidade de vida urbana, com o meio ambiente, emprego e geração de renda. Nossa meta é aumentar significativamente esses números em 2024, reduzindo ao máximo os despejos de materiais em vias públicas”, informou o engenheiro Fernando Junqueira, presidente da AEAARP.

Em agosto, três cadeiras foram entregues para instituições do terceiro setor de Ribeirão Preto: Instituto Simplesmente Amor, Lar do Jovem Idoso Tio João e Núcleo Assistencial Mãos Unidas.

São parceiros da campanha, junto com a AEAARP, o SINCOVARP-Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto, CDL-Clube dos Dirigentes Lojistas, Lions Clube Ribeirão Preto Campos Elíseos, ABRAPEC (Associação Brasileira de Assistência às Pessoas com Câncer), OAB Ribeirão Preto, além dos Lions Clubes de Brodowski e Cravinhos.

Ação prevê capacitação de profissionais para trabalho em campo, inventário arbóreo e reflorestamento de toda a cidade

Transformar a qualidade de vida em Ribeirão Preto pelo reflorestamento urbano – este é o projeto Ribeirão Floresta da AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto, que será lançado nos dias 10 e 11 de outubro, com mesa-redonda, plantio simbólico de 33 mudas de árvores e início do trabalho de campo com mapeamento, inventário arbóreo e reflorestamento. O lançamento terá, ainda, demonstração de poda, escalada em árvores, tipos de nós e amarrações e lançamento de cursos gratuitos de capacitação para profissionais que trabalham em campo com poda e os que iniciarão o inventário arbóreo.

O projeto é coordenado pelo engenheiro agrônomo José Walter Figueiredo Silva, responsável pela criação e implantação do Programa Município VerdeAzul, lançado em 2007 pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, e é mais uma ação da campanha Civilidade nas Ruas – esta voltada a ações de sustentabilidade, lançada em 2019 pela AEAARP. 

“É um projeto ousado que responde às recomendações dos especialistas em mudanças climáticas e ESG, atende aos objetivos do milênio da ONU e contempla os anseios e necessidades da população. O estado de São Paulo ainda não tem uma cidade exemplo em reflorestamento urbano, por isso abraçamos este projeto transformador assinado por nosso associado e um dos grandes especialistas no assunto”, comenta Fernando Junqueira, presidente da AEAARP.

O trabalho de campo começa com projeto piloto no bairro São Luiz e, na sequência, outra agenda será organizada para o trabalho em todo o município. “Para isso, já iniciaremos cursos gratuitos de capacitação de profissionais para trabalhar no inventário, plantio e poda de árvores”, informa Figueiredo e Silva. Os cursos de capacitação serão abertos a prefeituras de toda a região de Ribeirão Preto, que já estão se inscrevendo.

Reflorestamento urbano

Para que a população viva bem, as cidades devem ter 50% de cobertura vegetal natural – isso inclui todo tipo de plantação, seja em áreas públicas ou nas casas, empresas, escolas etc. Esse percentual é indicado no programa VerdeAzul em consonância com a Universidade de São Paulo. O coordenador do Ribeirão Floresta lembra que cada árvore joga no ar água e oxigênio e capta CO2 e esse processo funciona quando respeitada a distância entre as árvores, determinada conforme o porte das plantas. “Se estiverem distantes, essa energia se perde. Espécies de grande porte podem estar até 20 metros de distância uma da outra, mas árvores pequenas não podem ultrapassar a distância de 6 metros”, explica.

O município paranaense de Maringá é um exemplo de reflorestamento urbano. A arborização adequada contribui com o equilíbrio térmico: no calor, as árvores podem contribuir com a diminuição da temperatura em até 7o C. No frio as árvores ajudam a aquecer. Outro benefício é a evapotranspiração, fenômeno em que a arvore joga gotículas de água no ar, mantendo a umidade relativa, isso porque para viver, uma árvore devolve ao meio ambiente 97% de água que absorve e fica com apenas 3% para a própria sobrevivência. Uma sibipiruna adulta absorve 500 litros de água por dia e devolve 485 para a atmosfera.

A comunicação entre as árvores

“As árvores têm um tipo de comunicação que o ser humano não domina. Estamos no planeta há milhões de anos e as arvores estão há bilhões, por isso são mais evoluídas em alguns aspectos como a comunicação”, ilustra José Walter. Ele cita como exemplo as acácias da África cujas folhas são um dos pratos favoritos das girafas e, por isso, ao longo do tempo essas árvores passaram a ficar sem folhas para fotossíntese. No processo evolutivo, as acácias começaram a se proteger amargando as próprias folhas. Pesquisadores descobriram que, à chegada das girafas, a árvore começa a exalar odor percebido pelas acácias vizinhas. Em um raio de 10 quilômetros, todas as acácias fazem o mesmo para espantar os animais. Essa espécie de árvore também conversa pelo solo. “As árvores aproveitam os fungos existentes no solo para se comunicarem. Essa comunicação se dá pelas hifas ou ramificações dos fungos como se fosse uma rede de comunicação por onde uma árvore avisa a outra sobre alterações de temperatura ou chegada de chuvas, por exemplo. É como as árvores criam suas defesas e é por isso que mantêm-se vivas nas florestas. A Silvicultura Urbana estuda esta relação das árvores na floresta e verifica qual a maneira melhor de possibilitar que elas vivam bem na urbe. Isso mostra a importância da floresta urbana. Temos de trazer essa riqueza para dentro da cidade”, finaliza José Walter. 

AEAARP

A AEAARP protagoniza ações educativas dentro da temática sustentabilidade por meio da campanha Civilidade nas Ruas, lançada em 2019, com objetivo de zerar o depósito de resíduos recicláveis nas vias públicas da cidade, preservando o meio ambiente - a campanha é realizada com vários parceiros que têm contribuído para o aumento da destinação de resíduos para reciclagem. 

Eng. agrônomo José Walter Figueiredo Silva: demonstração de técnicas de poda

AGENDA

10/10 - 19h00

Mesa-redonda Ribeirão Floresta com José Walter Figueiredo Silva, Demóstenes Ferreira da Silva Filho (Departamento Silvicultura ESALQ), Waleska Del Pietro (consultora em cidades inteligentes), Laurindo Antonio da Silva (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), Edson Ávallos (secretário executivo do Consórcio Municipal da Mogiana), Evandro Grilli (Comissão Meio Ambiente OAB Ribeirão Preto), Daniel Caiche (coordenou a elaboração do PL 4309/2021"Política Nacional de Arborização Urbana"), Leonardo Barbieri (diretor de Agronomia AEAARP), Alexandre Tazinaffo (diretor Universitário AEAARP), Cristina Heck (diretora de Arquitetura e Urbanismo AEAARP), Luiz Carlos Oranges Jr. (diretor de Engenharia AEAARP) e Tatiane Brioli (CREA).

11/10 

08h00 - Plantio simultâneo de 33 árvores (ipês amarelos, samambaias, ipês brancos e pitangas) nas calçadas do entorno da sede da AEAARP por voluntários

09h00 - Demonstração de poda: retirada de galhos e ponto de corte, conforme ABNT16246-1, 12h00 em um Jacarandá-Mimoso 

09h30 - Demonstração de NR 12 - uso de motosserra, equipamentos de proteção individual e d proteção coletiva e escalada em árvores

10h30 - Demonstração de escalada, poda e descida dos galhos, tipos de nós e amarrações em uma Sibipiruna-Caesalpinia pluviosa, na praça vizinha à sede da AEAARP

Amanhã, 26 de setembro, a AEAARP- Associação de Engenharia Arquitetura e Agronomia e a Elenco promovem a palestra do arquiteto belga Laurent Troost.

Laurent vive em Manaus (AM), onde desenvolve técnicas e projetos que combinam arquitetura e natureza. Em sua visão, as duas questões devem ser combinadas em um projeto, proporcionando conforto e harmonia. 

Laurent defende que a vegetação nativa seja combinada com a construção, compondo o paisagismo. Esses são temas que ele aborda em aulas, palestras e cursos que ministra em várias partes do mundo

Sobre Laurent Troost:

Arquiteto belga, reside em Manaus, pós-graduado em geografia e cidades pela Escola da Cidade, em São Paulo e mestre em arquitetura e urbanismo pelo ISAIVH de Bruxelas. Foi destaque em prêmios como: Architeture Masterprize, IAI Most Creativity Awardy, Oscar Niemeyer, Akzonobel.


Serviço

Palestra de Laurent Troost

AEAARP – Rua Clemente Ferreira, 330

Horário: 19h

Inscrição: aeaarp.org.br

Entrada: gratuita

O engenheiro agrônomo Leonardo Barbieri, diretor de agronomia da AEAARP, considera que algumas das respostas às questões ambientais globais estão na engenharia, na arquitetura e na agronomia

O aumento da população mundial de 2 para 7 bilhões de pessoas em sete décadas fez disparar números que acusam grande impacto do ser humano no Planeta. “Nós temos de saber onde está a solução para essas questões”, fala o engenheiro Fernando Junqueira, presidente da AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto.

Esse é o mote do encontro que a Associação promoverá na próxima quinta-feira com o título ESG: desafios ambientais globais, soluções de governança locais, com Laura Valente de Macedo, que é pesquisadora associada em governança e infraestrutura urbana, no programa de administração pública e governo da FGV.

O evento é parte de uma série de encontros promovidos pela diretoria de agronomia da AEAARP, sob a coordenação do engenheiro agrônomo Leonardo Barbieri. O título dos encontros, Quinta do Amendoim, sugere que as conversas com os convidados devem extrapolar o rito de uma palestra convencional.

“A ideia é reunirmos especialistas, locais e de outras instituições, para oxigenarmos conceitos e trabalharmos juntos por essas soluções. Reclamar é simples, difícil é se dispor a colaborar. E o que estamos propondo é nos juntarmos para trilhar esse caminho mais trabalhoso”, observa Leonardo.

Os encontros da Quinta do Amendoim são gratuitos e acontecerão todas as terceiras quintas-feiras de cada mês até novembro.

Números

O cenário que será debatido no encontro é o de que o aumento populacional das últimas décadas foi combinado com a migração em massa do campo para a cidade e o aquecimento do consumo – “em 2020, consumimos os recursos do nosso Planeta em pelo menos 75% acima do disponível ou o equivalente a viver de 1,75 Terras, de acordo com a Global Footprint Network. Estamos no cheque especial da natureza”, pontua Laura.

Esse cenário provocou concentrações de gases que causam o efeito estufa em índices recordes, emissão de gases em atividades agrícola e pecuária e principalmente na produção de energia.

“A produção e a distribuição de alimentos, a proteção da biodiversidade e a redução de emissões carbônicas são questões que devem ser enfrentadas pelo conjunto da sociedade. Muitas respostas estão nas engenharias, que têm a capacidade de formular soluções que mitiguem o impacto já causado e que não resultem em novas e dolorosas consequências”, explica Laura.

Em sua visão, grandes medidas – como leis, decretos e acordos internacionais – são implementadas no nível local. “É nas cidades que começamos as verdadeiras mudanças”, fala.

Uma delas é um mutirão drive thru para descarte de todo tipo de reciclável e a outra é uma campanha exclusiva para resíduos eletrônicos

Computadores, celulares, notebooks, televisores, monitores, baterias que não são mais usados, além de tampinhas, vidro, blister (cartelas vazias de comprimidos), papel, papelão e outros resíduos recicláveis – esses são alguns dos materiais que a população pode descartar nos postos de recebimento de recicláveis em duas ações de coleta que acontecem em agosto: o Mutirão Drive Thru da Reciclagem e a Campanha de Coleta de Eletrônicos, promovidas pelos parceiros da Campanha Civilidade nas Ruas.

O Mutirão acontece dia 26 de agosto, sábado, e quem tiver materiais para descarte pode entregar na Cooperagir, das 9h30 às 16h, na Av. Antônio Gomes da Silva Junior 630 (antigo DER na Lagoinha), sem sair do carro. A ação está sendo coordenada pela representante dos Lions Clube Ribeirão Preto Centro e Lions Clube Campos Elíseos, Tania Mascioli, e pela Cooperagir. Durante todo o período, atendentes estarão na calçada para receber as doações.

Já a Campanha de Resíduos Eletrônicos acontece até dia 11 de agosto e o descarte pode ser feito na sede da AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto, Rua Clemente Ferreira 330, sob coordenação da engenheira ambiental Marília Vendrúsculo. A receita arrecadada com a venda do material será destinada integralmente ao Hospital de Câncer de Ribeirão Preto. Em 2022, a ação conseguiu arrecadar 501 quilos de resíduos eletrônicos.

“O descarte correto de recicláveis promove geração de renda para os recicladores, inclusão, mantem a cidade limpa, preserva o meio ambiente e contribui com a qualidade de vida nos centros urbanos”, diz o engenheiro Fernando Junqueira, presidente da AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto, que lançou a campanha em 2019. 

Resíduos 

Desde o lançamento da Campanha Civilidade nas Ruas, em 2019, toneladas de blister, EPS (conhecido como IsoporR) e outros materiais foram devidamente encaminhadas para reaproveitamento nas indústrias de reciclagem. 

Em 2019, no Brasil, foram contabilizados 2 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos, sendo menos de 3% descartados de maneira adequada e destinados a reciclagem, segundo o relatório Resíduos Eletrônicos no Brasil – 2021, produzido pela Greeneletron. Esse tipo de resíduo pode contaminar o meio ambiente com mercúrio, cádmio, chumbo, arsênico e berílio, sem contar a demora na decomposição.

São parceiros da Campanha Civilidade nas Ruas, além da AEAARP, que lançou o movimento em 2019, o SINCOVARP-Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto, CDL-Clube dos Dirigentes Lojistas, ABRAPEC (Associação Brasileira de Assistência às Pessoas com Câncer), OAB Ribeirão Preto, além dos Lions Clubes Ribeirão Preto Centro e Campos Elíseos e os de Brodowski e Cravinhos.

Marcos Antônio realizou o sonho de se tornar engenheiro e receberá carteira de identificação profissional na AEAARP

No dia 7 de agosto, às 11h, a AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto e o CREA/SP-Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo vão entregar ao Marcos Antônio Jerônimo de Melo as carteirinhas de associado e a de identificação profissional. Marcos tem 82 anos e, segundo o CREA-SP, é um dos brasileiros com mais idade a se graduar em engenharia.

Ele é policial militar aposentado e descende de um dos técnicos que colocaram no ar a segunda emissora de rádio que surgiu no país, a PRA-7. Desde jovem, sonhava com a formação acadêmica e Engenharia era uma das áreas prediletas. 

Eventualmente, começou a cursar direito em uma universidade local, mas acabou abandonando em benefício da criação dos filhos. Foi um deles, Marcelo, que o incentivou a ingressar na faculdade de Engenharia de Produção – que, inclusive, cursaram e concluíram juntos.

No evento da próxima segunda-feira, 7 de agosto, batizado de “Engenharia não tem idade”, além de Marcos e Marcelo, outros novos profissionais da Engenharia, Agronomia e Geologia receberão suas carteiras do CREA-SP. A solenidade contará com a presença do engenheiro Vinícius Marchese, presidente do Conselho, e autoridades locais.

Faltou pouco para Ribeirão Preto carregar o caminhão com 1 tonelada de blister (cartelas vazias de comprimidos), nesta terça, 25/7. Foram 976 quilos para União da Vitória, interior paranaense. Lá, cada cartela, que contem plástico e alumínio, será processada e entrará na fabricação de portas, rodapés e outros produtos para decoração e construção civil.

Como contrapartida, a cidade recebeu três cadeiras de rodas que serão doadas para entidades assistenciais – o Instituto Simplesmente Amor (Jd. Jardim Castelo Branco), Lar do Jovem Idoso Tio João (Vila Carvalho) e Núcleo Assistencial Mãos Unidas (Pq. Industrial Tanquinho).

A destinação correta de recicláveis é incentivada pela Campanha Civilidade nas Ruas, que foi lançada em 2019 pela AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto, e é uma ação voluntária desenvolvida com parceiros para sensibilizar a população e ampliar a coleta de recicláveis. Desde então, toneladas de materiais deixaram de ir para aterros sanitários, rios e vias públicas e voltaram para a indústria.

Inclusão e renda

As doações de recicláveis feitas pela população garantem inclusão, emprego e renda para 12 recicladores que atuam na Cooperagir, a cooperativa que recebe os resíduos da Campanha Civilidade nas Ruas. É da venda desses materiais descartados pelos moradores da cidade que os recicladores cooperados tiram seu sustento. “Hoje, temos 12 cooperados que separam toneladas de material para vender a indústrias que transformam tudo isso em produtos que voltam para o mercado”, conta a gestora ambiental Kely Cristina da Silva, que coordena a cooperativa. 

“Nem todos sabem que aqui empregamos pessoas em situação de vulnerabilidade, gente que morava nas ruas, egressos do sistema penitenciário, portadores de deficiências, ex-dependentes químicos, por exemplo. E colecionamos histórias de recicladores que conseguiram diploma universitário, gente que conseguiu alugar sua primeira casa para morar, gente que sustenta a família com este trabalho”, conta Kely.

A cooperativa recebe todo tipo de material reciclável. Mas os cooperados decidiram abrir mão da venda – e consequentemente do recebimento – de três materiais: o blister, as tampinhas plásticas e os lacres de latinhas. 

A intenção é chamar atenção para a importância da reciclagem e mostrar como a destinação correta de resíduos transforma a cidade. São toneladas de material que contribuiriam com a composição da retirada mensal de cada um dos trabalhadores – uma tonelada de blister é comprada no mercado por R$ 650,00 e a tonelada de lacres e tampinhas é comercializada a R$ 800,00. E nem sempre os recicladores conseguem retirar um Salário Mínimo no mês.

“Está aí mais um motivo para que cada um destine corretamente aquilo que não serve mais para seu uso, mas pode ser reciclado. Sem contar o bem que esse tipo de atitude faz para o meio ambiente, para a cidade e como exemplo para nossas crianças”, analisa o engenheiro Fernando Junqueira, presidente da AEAARP.

Civilidade nas Ruas

A Campanha Civilidade nas Ruas quer, agora, ampliar a destinação de outros recicláveis: embalagens plásticas de produtos de limpeza, latinhas, garrafas pet, papel, papelão, vidro, panelas, móveis sem uso e aparelhos sem condições de uso, como ar-condicionado, computadores, radiadores etc. “São materiais valorizados por muitas indústrias que sabem reaproveitá-los em novos processos de fabricação fomentando um círculo virtuoso para a cidade, para a sociedade, para os trabalhadores”, comenta Junqueira.

São parceiros da campanha, junto com a AEAARP, o SINCOVARP-Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto, CDL-Clube dos Dirigentes Lojistas, Lions Clube Centro, Lions Clube Ribeirão Preto Campos Elíseos, ABRAPEC (Associação Brasileira de Assistência às Pessoas com Câncer), OAB Ribeirão Preto, além dos Lions Clubes de Brodowski e Cravinhos.

O portal da AEAARP mantém uma lista atualizada de endereços para o descarte de materiais recicláveis. 

Alguns pontos de descarte de recicláveis 

AEAARP (R. Clemente Ferreira 330)

= blister, tampinhas plásticas e lacres de latinhas

ABRAPEC (R. Garibaldi 298)

= blister

Sincovarp e CDL (R. Lafaiete 394)

= blister

Estacionamento Catedral (R. Florêncio de Abreu 610)

= blister

Ideal Clínica (R. Florêncio de Abreu 613)

= blister

Galpão - Bairro Lagoinha (Av. Antônio Gomes Silva Jr 630)

= todo tipo de material reciclável

Evento faz parte de série de encontros de técnicos da secretaria com especialistas da Associação a fim de cooperarem com o tema

Na próxima quarta-feira, 19 de julho, profissionais do setor da construção civil e técnicos da SAERP-Secretaria de Água e Esgoto de Ribeirão Preto, se reunirão na AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto com uma pauta estratégica para o futuro da cidade: o sistema de abastecimento de água.

“Estamos trabalhando em cooperação com o poder público sobre esse tema desde o início de 2022. O futuro do abastecimento da cidade é essencial para todas as atividades, principalmente a construção civil”, conta o engenheiro Fernando Junqueira, presidente da Associação.

O engenheiro Paulo Sinelli, especialista em saneamento, relata que técnicos da SAERP vêm apresentando e debatendo com a AEAARP o sistema de abastecimento de água e de esgotamento sanitário ao longo dos anos, mostrando os projetos desenvolvidos pela Secretaria, principalmente aqueles que impactam nas aprovações de empreendimentos. 

“Estamos com essa parceria com a AEAARP desde que assumimos a SAERP e é sempre muito bom dialogar com os associados, trazer novas informações e discutir com este corpo técnico tão qualificado soluções para o abastecimento de Ribeirão Preto. Depois de muita luta, tivemos a aprovação do projeto de estudo de captação do Rio Pardo, o qual vamos mostrar neste evento”, enfatizou Antonio Carlos de Oliveira JR., secretário da SAERP.

Para o engenheiro Paulo Sinelli, esse é um dos mais preocupantes gargalos: “O que precisamos fazer neste momento não é solucionar a questão do abastecimento para hoje ou amanhã. Nosso desafio é garantir que no futuro as pessoas e o setor produtivo tenham condições de viver e investir na cidade com segurança”, explica.

De acordo com o ranking divulgado neste ano pelo Instituto Trata Brasil, Ribeirão Preto está entre os municípios com melhores indicadores em atendimento urbano de água e esgoto: 99,59% do esgoto coletado, 100% tratado e 100% de atendimento urbano de água. A cidade, no entanto, ainda está entre as que mais sofrem perdas de água no sistema – cerca de 47%.

O evento na AEAARP será dia 19/07, quarta-feira, às 14h30, com entrada gratuita pela Rua Clemente Ferreira, 330.

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