No PainelCast, o podcast da AEAARP, Isaac Amir e Marina Castanheira falam sobre sustentabilidade na arquitetura com foco em resultados
O Brasil é o terceiro país que mais certifica obras sustentáveis, mas tem somente 1% dos profissionais capacitados para atuar nesse setor. Para o PainelCast, o podcast da AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto, os arquitetos Isaac Amir e Marina Castanheira falaram sobre as oportunidades de trabalho e de formação nessa área.
Segundo eles, em geral, as pessoas passam mais de 90% de seu tempo em áreas edificadas. “Levando o olhar de sustentabilidade para os lugares onde as pessoas vivem e trabalham, isso vai interferir diretamente na qualidade de vida dessas pessoas e nos recursos que vão consumir”, fala Issac. Para ele, sustentabilidade tem impacto econômico, social e de meio ambiente.
Marina chama a atenção que, em regiões como Ribeirão Preto, arquitetura sustentável significa “minimamente seguir a norma”. Um exemplo que ela cita é a cor das fachadas das edificações que têm impacto na climatização dos imóveis.
Isaac e Marina prestaram consultoria no restauro do Museu Imperial, no Rio de Janeiro, e participam de programas internacionais que abordam técnicas para projetos sustentáveis.
No episódio, eles falam sobre projetos com impactos financeiros para as empresas e sobre oportunidades no mercado de trabalho.
Os episódios do PainelCast estão disponíveis em vídeo e áudio no YouTube, Spotify, Deezer, Amazon Music, Apple Podcasts e Google Podcasts. O engenheiro agrônomo Bruno Prota e a arquiteta e urbanista Mirela Idino apresentam o episódio.
Ação acontecerá até o dia 11 de agosto na sede da entidade
Pelo segundo ano consecutivo, a AEAARP será ponto de coleta de resíduos eletrônicos. Até o dia 11 de agosto a entidade receberá esses equipamentos que depois serão vendidos. O valor obtido será revertido para uma instituição assistencial da cidade.
Em 2022, primeiro ano da ação, a ação arrecadou mais de meia tonelada de equipamentos. A engenheira ambiental Marília Vendrusculo explica que os componentes desses materiais são nocivos ao meio ambiente. “É uma questão simples de resolver com a deposição e a destinação corretas”, fala.
Veja o que compõem os eletroeletrônicos
Elemento | Onde está |
Chumbo | Computador, celular, televisão |
Mercúrio | Computador, monitor de TV tela plana |
Cádmo | Computador e baterias de laptop |
Arsênico | Celular |
Berílio | Computador e celular |
A destinação, no caso, é a própria indústria, que converte partes dos equipamentos em matéria-prima para novos produtos.
Crescimento
De acordo com a Greeneletron, que atua na gestão de logística reversa, o volume de equipamentos dessa natureza cresce 4% em todo o mundo anualmente. Paralelamente, em um período de cinco anos, os resíduos eletrônicos descartados em todo o mundo cresceram 21%. No Brasil, em 2019, isso significou 2 milhões de toneladas e menos de 3% desse volume foi reciclado.
As informações constam do relatório Resíduos Eletrônicos no Brasil – 2021, um levantamento produzido pela Greeneletron.
De forma geral, a população confunde resíduos eletrônicos – que também podem ser chamados de lixo eletrônico, e-lixo ou REEE – com lixo digital; no caso, spam e mensagens indesejadas.
“Nosso papel é informar e educar. Existem muitas possibilidades ambientais e econômicas nesses aparelhos e é a engenharia que pode dar conta dessa transformação”, avalia Marília.
Nos dias 5 e 6 de junho, a AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto promove debates sobre tecnologias e modelos de gestão do meio ambiente.
No primeiro dia, será exibido o filme Nossa Floresta, que conta a recuperação da área de Mata Atlântica da USP de Ribeirão Preto e seu banco de sementes.
Depois do filme, acontecerá um bate-papo com a engenheira ambiental Marília Vendrusculo, o cineasta Gabriel Silva Mendeleh e o biólogo José Ricardo Barosela.
A engenheira sanitarista e ambiental Edna Dias de Sá vai falar sobre Gestão e valorização de resíduos para uma economia circular no dia 6.
A programação é gratuita e as atividades começarão às 19h nos dois dias. Inscrições no site www.aeaarp.org.br.