Os trabalhadores da reciclagem querem aumentar a arrecadação de vidro nos próximos meses

No último dia 2 fevereiro, sexta-feira, a Cooperagir, cooperativa de reciclagem parceira da Civilidade nas Ruas, divulgou o balanço dos materiais coletados em janeiro de 2024 pela campanha. Ao total foram mais de seis toneladas e meia, 6.624 quilos. Dentre os resíduos arrecadados estão papel, papelão, vidro e plástico de garrafas pet e tampinhas. O papelão foi o material mais recolhido em janeiro com 2.920 quilos.

Para o mês de fevereiro a Cooperagir busca aumentar a quantidade de arrecadação em vidro. “Queremos focar no vidro neste mês, o material está com o preço em alta, o que contribui melhor para a renda dos recicladores”, explicou Kelly Cristina, coordenadora da Cooperagir.

“A campanha Civilidade nas Ruas é um  círculo virtuoso, começando pelo envolvimento de cada cidadão, para que se responsabilize pelos resíduos que gera, e seguindo para a destinação correta de recicláveis, que deixam de poluir vias públicas, depois para a cooperativa, de lá são vendidos a indústrias de reciclagem, gerando renda a trabalhadores, e voltam ao mercado como bens de consumo, fechando o ciclo de forma sustentável”, diz o engenheiro Fernando Junqueira, presidente da AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto, realizadora da campanha.

Civilidade nas Ruas

A campanha Civilidade nas Ruas, que foi idealizada pela AEAARP, existe desde 2019, com objetivo de estimular a população a destinar corretamente resíduos recicláveis que são enviados para empresas que reutilizam os materiais em processos de fabricação de novos produtos.

Um dos objetivos principais da campanha é também, além da reeducação da sociedade e limpeza das vias, uma participação ativa no apoio ao terceiro setor. A campanha recolhe também blisters (cartelas de comprimidos vazias) e a cada uma tonelada desse material a Civilidade nas Ruas ganha uma cadeira de rodas e destina para uma entidade beneficente.

Moradores do Jd. S. Luiz, primeiro bairro a ser reflorestado, também são convidados – eles poderão escolher espécies de árvores para suas calçadas

A AEAARP-Associação de  Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto recebe, dia 6 de fevereiro, às 19h, moradores do Jd. S. Luiz e as ONGs da cidade que atuam em meio ambiente, sustentabilidade e reflorestamento urbano. Eles conhecerão o projeto Ribeirão Floresta, iniciativa que reflorestará tecnicamente a cidade. O projeto começou, na última segunda-feira, 29 de janeiro, as ações de campo para o levantamento arbóreo do S. Luiz. O bairro tem 500 imóveis e o levantamento vai gerar o plano de reflorestamento.

O coordenador do projeto, engenheiro agrônomo José Walter Figueiredo Silva, quer conhecer o trabalho das ONGs e envolver os moradores de toda a cidade, iniciando pelo bairro Jd. S. Luiz, o primeiro a ser reflorestado. “Nós vamos convidar os moradores a escolherem a espécie de árvore que querem para suas calçadas, vamos falar sobre as vantagens do reflorestamento e orientar sobre todas as etapas do Ribeirão Floresta porque o sucesso das florestas urbanas está nas mãos da população”, diz.

Segundo o agrônomo, para baixar em até 7° C ou mais a temperatura da cidade nos próximos anos é preciso que árvores pequenas estejam no máximo a uma distância de 6m uma da outra. Já as espécies de grande porte podem estar distantes até 20 metros.

“Estamos trabalhando um projeto ousado para a cidade, por isso, estamos costurando parcerias com todos os atores municipais, incluindo poder público e sociedade civil. Trata-se de um projeto técnico, debatido e planejado por especialistas e que depende significativamente do envolvimento de cada morador. Queremos preparar a cidade para as mudanças climáticas e proporcionar qualidade de vida a toda a população de Ribeirão Preto”, diz o engenheiro Fernando Junqueira, presidente da AEAARP.

A reunião é aberta ao público interessado e terá duração de 1h30.

AGENDA
Ribeirão Floresta para ONGs e moradores
Data:
6 de fevereiro terça-feira
Horário: 19h às 20h30
Local: AEAARP – Rua Clemente Ferreira 330 (com estacionamento gratuito)
Participação gratuita

Próxima meta é coletar 1 tonelada de blister por mês

4,5 toneladas de resíduos foram coletados em outubro e estão sendo enviados para reciclagem pela Campanha Civilidade nas Ruas. A Cooperagir, cooperativa de recicladores parceira da campanha, acaba de divulgar que foram coletadas 2,5 toneladas de papel/papelão, 300kg de latinha, 600kg de garrafas pet, 200kg de plástico e quase uma tonelada de blisters (cartelas de medicamento vazias). 

A Civilidade nas Ruas recebe uma cadeira de banho a cada tonelada de blister coletada e uma cadeira de rodas a cada tonelada e meia – as cadeiras são doadas a entidades assistenciais da cidade. A meta da campanha é arrecadar uma tonelada de blister por mês. Recentemente, essa quantidade era arrecadada a cada três meses. Hoje, o período caiu para um mês e meio. Até o início de 2024, os organizadores pretendem atingir 1.000kg por mês de cartela vazias de comprimidos. 

No Jardim São Luiz, onde se encontra a sede da AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto, idealizadora da campanha lançada em 2019, é ponto de coleta de blister, lacres de latinha e tampinhas de plástico. A entidade recebe descartáveis diariamente de moradores do bairro e de vários outros bairros da cidade, além de empresas e instituições do município.

Civilidade nas Ruas

A campanha, idealizada pela AEAARP, existe desde 2019, com objetivo de estimular a população a destinar corretamente resíduos recicláveis que são enviados para empresas que reutilizam os materiais em processos de fabricação de novos produtos. 

“O processo de destinação correta de materiais pelos munícipes e encaminhamento dos recicláveis para indústrias é um ciclo virtuoso que contribui para a qualidade de vida urbana, com o meio ambiente, emprego e geração de renda. Nossa meta é aumentar significativamente esses números em 2024, reduzindo ao máximo os despejos de materiais em vias públicas”, informou o engenheiro Fernando Junqueira, presidente da AEAARP.

Em agosto, três cadeiras foram entregues para instituições do terceiro setor de Ribeirão Preto: Instituto Simplesmente Amor, Lar do Jovem Idoso Tio João e Núcleo Assistencial Mãos Unidas.

São parceiros da campanha, junto com a AEAARP, o SINCOVARP-Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto, CDL-Clube dos Dirigentes Lojistas, Lions Clube Ribeirão Preto Campos Elíseos, ABRAPEC (Associação Brasileira de Assistência às Pessoas com Câncer), OAB Ribeirão Preto, além dos Lions Clubes de Brodowski e Cravinhos.

Uma delas é um mutirão drive thru para descarte de todo tipo de reciclável e a outra é uma campanha exclusiva para resíduos eletrônicos

Computadores, celulares, notebooks, televisores, monitores, baterias que não são mais usados, além de tampinhas, vidro, blister (cartelas vazias de comprimidos), papel, papelão e outros resíduos recicláveis – esses são alguns dos materiais que a população pode descartar nos postos de recebimento de recicláveis em duas ações de coleta que acontecem em agosto: o Mutirão Drive Thru da Reciclagem e a Campanha de Coleta de Eletrônicos, promovidas pelos parceiros da Campanha Civilidade nas Ruas.

O Mutirão acontece dia 26 de agosto, sábado, e quem tiver materiais para descarte pode entregar na Cooperagir, das 9h30 às 16h, na Av. Antônio Gomes da Silva Junior 630 (antigo DER na Lagoinha), sem sair do carro. A ação está sendo coordenada pela representante dos Lions Clube Ribeirão Preto Centro e Lions Clube Campos Elíseos, Tania Mascioli, e pela Cooperagir. Durante todo o período, atendentes estarão na calçada para receber as doações.

Já a Campanha de Resíduos Eletrônicos acontece até dia 11 de agosto e o descarte pode ser feito na sede da AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto, Rua Clemente Ferreira 330, sob coordenação da engenheira ambiental Marília Vendrúsculo. A receita arrecadada com a venda do material será destinada integralmente ao Hospital de Câncer de Ribeirão Preto. Em 2022, a ação conseguiu arrecadar 501 quilos de resíduos eletrônicos.

“O descarte correto de recicláveis promove geração de renda para os recicladores, inclusão, mantem a cidade limpa, preserva o meio ambiente e contribui com a qualidade de vida nos centros urbanos”, diz o engenheiro Fernando Junqueira, presidente da AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto, que lançou a campanha em 2019. 

Resíduos 

Desde o lançamento da Campanha Civilidade nas Ruas, em 2019, toneladas de blister, EPS (conhecido como IsoporR) e outros materiais foram devidamente encaminhadas para reaproveitamento nas indústrias de reciclagem. 

Em 2019, no Brasil, foram contabilizados 2 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos, sendo menos de 3% descartados de maneira adequada e destinados a reciclagem, segundo o relatório Resíduos Eletrônicos no Brasil – 2021, produzido pela Greeneletron. Esse tipo de resíduo pode contaminar o meio ambiente com mercúrio, cádmio, chumbo, arsênico e berílio, sem contar a demora na decomposição.

São parceiros da Campanha Civilidade nas Ruas, além da AEAARP, que lançou o movimento em 2019, o SINCOVARP-Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto, CDL-Clube dos Dirigentes Lojistas, ABRAPEC (Associação Brasileira de Assistência às Pessoas com Câncer), OAB Ribeirão Preto, além dos Lions Clubes Ribeirão Preto Centro e Campos Elíseos e os de Brodowski e Cravinhos.

Faltou pouco para Ribeirão Preto carregar o caminhão com 1 tonelada de blister (cartelas vazias de comprimidos), nesta terça, 25/7. Foram 976 quilos para União da Vitória, interior paranaense. Lá, cada cartela, que contem plástico e alumínio, será processada e entrará na fabricação de portas, rodapés e outros produtos para decoração e construção civil.

Como contrapartida, a cidade recebeu três cadeiras de rodas que serão doadas para entidades assistenciais – o Instituto Simplesmente Amor (Jd. Jardim Castelo Branco), Lar do Jovem Idoso Tio João (Vila Carvalho) e Núcleo Assistencial Mãos Unidas (Pq. Industrial Tanquinho).

A destinação correta de recicláveis é incentivada pela Campanha Civilidade nas Ruas, que foi lançada em 2019 pela AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto, e é uma ação voluntária desenvolvida com parceiros para sensibilizar a população e ampliar a coleta de recicláveis. Desde então, toneladas de materiais deixaram de ir para aterros sanitários, rios e vias públicas e voltaram para a indústria.

Inclusão e renda

As doações de recicláveis feitas pela população garantem inclusão, emprego e renda para 12 recicladores que atuam na Cooperagir, a cooperativa que recebe os resíduos da Campanha Civilidade nas Ruas. É da venda desses materiais descartados pelos moradores da cidade que os recicladores cooperados tiram seu sustento. “Hoje, temos 12 cooperados que separam toneladas de material para vender a indústrias que transformam tudo isso em produtos que voltam para o mercado”, conta a gestora ambiental Kely Cristina da Silva, que coordena a cooperativa. 

“Nem todos sabem que aqui empregamos pessoas em situação de vulnerabilidade, gente que morava nas ruas, egressos do sistema penitenciário, portadores de deficiências, ex-dependentes químicos, por exemplo. E colecionamos histórias de recicladores que conseguiram diploma universitário, gente que conseguiu alugar sua primeira casa para morar, gente que sustenta a família com este trabalho”, conta Kely.

A cooperativa recebe todo tipo de material reciclável. Mas os cooperados decidiram abrir mão da venda – e consequentemente do recebimento – de três materiais: o blister, as tampinhas plásticas e os lacres de latinhas. 

A intenção é chamar atenção para a importância da reciclagem e mostrar como a destinação correta de resíduos transforma a cidade. São toneladas de material que contribuiriam com a composição da retirada mensal de cada um dos trabalhadores – uma tonelada de blister é comprada no mercado por R$ 650,00 e a tonelada de lacres e tampinhas é comercializada a R$ 800,00. E nem sempre os recicladores conseguem retirar um Salário Mínimo no mês.

“Está aí mais um motivo para que cada um destine corretamente aquilo que não serve mais para seu uso, mas pode ser reciclado. Sem contar o bem que esse tipo de atitude faz para o meio ambiente, para a cidade e como exemplo para nossas crianças”, analisa o engenheiro Fernando Junqueira, presidente da AEAARP.

Civilidade nas Ruas

A Campanha Civilidade nas Ruas quer, agora, ampliar a destinação de outros recicláveis: embalagens plásticas de produtos de limpeza, latinhas, garrafas pet, papel, papelão, vidro, panelas, móveis sem uso e aparelhos sem condições de uso, como ar-condicionado, computadores, radiadores etc. “São materiais valorizados por muitas indústrias que sabem reaproveitá-los em novos processos de fabricação fomentando um círculo virtuoso para a cidade, para a sociedade, para os trabalhadores”, comenta Junqueira.

São parceiros da campanha, junto com a AEAARP, o SINCOVARP-Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto, CDL-Clube dos Dirigentes Lojistas, Lions Clube Centro, Lions Clube Ribeirão Preto Campos Elíseos, ABRAPEC (Associação Brasileira de Assistência às Pessoas com Câncer), OAB Ribeirão Preto, além dos Lions Clubes de Brodowski e Cravinhos.

O portal da AEAARP mantém uma lista atualizada de endereços para o descarte de materiais recicláveis. 

Alguns pontos de descarte de recicláveis 

AEAARP (R. Clemente Ferreira 330)

= blister, tampinhas plásticas e lacres de latinhas

ABRAPEC (R. Garibaldi 298)

= blister

Sincovarp e CDL (R. Lafaiete 394)

= blister

Estacionamento Catedral (R. Florêncio de Abreu 610)

= blister

Ideal Clínica (R. Florêncio de Abreu 613)

= blister

Galpão - Bairro Lagoinha (Av. Antônio Gomes Silva Jr 630)

= todo tipo de material reciclável

Cartelas coletadas na sede da Associação são reaproveitadas na fabricação de produtos para a construção civil

Desde 2019, quando a AEAARP se tornou ponto de coleta de blisters, cerca de 1,5 tonelada de cartelas recolhidas no local já foram destinadas para reaproveitamento. O volume seguiu para o interior do Paraná e vai compor a fabricação de novos produtos como portas, guarnições e rodapés, para o mercado da construção civil.

O blister é considerado a embalagem primária, aquela cartela que fica em contato direto com o medicamento e não pode ser dispensado no lixo comum. As cartelas são feitas de PVC e alumínio. Especialistas recomendam descartar blister, assim como outras embalagens primárias de medicamentos, como potes de vidro ou plástico e bisnagas de gel e creme, em postos de coleta porque estiveram em contato com o remédio e contêm substâncias químicas que podem contaminar solo e água.

O carregamento de blisters coletados pela AEAARP foi destinado para a Unicomper Portas e Rodapés, indústria paranaense com sede no município de União da Vitória, onde é reaproveitado.

Composição

O blister é composto por camadas de alumínio (cerca de 15%) e plástico (cerca de 85%). O metal é utilizado como barreira para proteção porque impede a entrada de gases e umidade e ajuda a manter as condições necessárias do princípio ativo dos medicamentos pelo tempo e uso necessários. A camada de plástico é de PVC (Polyvinyl chloride ou Policloreto de polivinila) ou PVDC (Cloreto de polivinilideno) – este é um copolímero parecido com o PVC, usado para vedar o conteúdo é muito comum em embalagens de medicamentos e alimentos.

 “O plástico é 100% reutilizável no composto que entra na fabricação de portas, rodapés, molduras e batentes na Unicomper aos quais confere propriedades como impermeabilidade, durabilidade, estabilidade térmica e resistência a fungos e cupins, por exemplo”, explica Osni de Souza, executivo da Unicomper para a área de blister. 

Reciclagem X reaproveitamento

Segundo Osni, o sistema de processamento dessas cartelas é 100% mecânico, sem qualquer contato humano e a transformação torna o material reutilizável na indústria sem risco para o meio ambiente. 

Na fábrica, as cartelas são trituradas e passam por um processo de micronização (redução das dimensões de partículas transformando-as, por quebra ou desgaste, em dimensões da ordem de micrômetros).

Depois disso, o pó segue para um sistema eletrostático (processo de alta tensão que separa materiais utilizando as diferentes condutividades elétricas das partículas) que separa o plástico do alumínio. O plástico vai compor a mistura – que inclui estabilizadores térmicos, modificadores de impacto, cargas, lubrificantes, pigmentos e outros – que alimenta as extrusoras com roscas automáticas para dar forma aos perfis, batentes, guarnições, rodapés, portas.

Uma porta, por exemplo, tem 15% de blisters. “Não tem como aumentar em função dos outros materiais que vão na composição, pois cada componente tem sua ação para uniformizar o composto que, além do blisters, tem pó de pedra, pó de madeira, PVC virgem e aditivos”, explica Osni.

Dos 15% de alumínio que compõem uma cartela de blister, a Unicomper consegue recuperar pelo menos metade e encaminha para a Ômega Metalurgia, em Itaquaquecetuba- -SP. O processo reutiliza, então, 100% do blister.

A Ômega processa de 5 a 6 mil toneladas de alumínio por mês. A título de comparação, 75 latinhas de bebidas (sucos, refrigerantes) são para gerar 1 quilo de alumínio. O alumínio é 100% reciclável e a reciclagem economiza 95% de energia elétrica em relação ao processo de produção do alumínio primário que é extraído da bauxita.

Meio ambiente

A Unicomper faz todo o processo, desde a coleta de blister até o produto final para consumo. Por ano, a empresa recupera cerca de 1.200 toneladas de blister, mas tem capacidade de processar até 1.800 toneladas no mesmo período.

A logística reversa da indústria farmacêutica, especialmente de polos industriais das regiões Sudeste e Sul do país, responde por cerca de 80 toneladas/mês na Unicomper. Já, o blister pós-consumo; ou seja, adquirido pela população e descartado após o uso do medicamento, representa cerca de 3 e 4 toneladas/mês na fábrica. 

Segundo Osni, a logística reversa no Brasil ainda pode crescer muito. “Para aumentar a destinação de blisters, temos que conscientizar a população e as empresas geradoras desse resíduo sobre os benefícios da reciclagem”, alerta.

O engenheiro Giulio Roberto Azevedo Prado, presidente da AEAARP, ressalta que é papel da sociedade civil desenvolver ações educativas para contribuir com a logística reversa e aumentar os números da reciclagem e reaproveitamento de materiais no país. “Há uma preocupação crescente da população com as questões climáticas, o meio ambiente e a qualidade de vida nos grandes centros e o apelo para adoção de hábitos sustentáveis é muito bem recebido na sociedade. Lançamos a campanha Civilidade nas Ruas pouco antes do início do isolamento social, o que impossibilitou ações presenciais, mas a população seguiu respondendo. Hoje a recepção de blister na AEAARP já é um projeto permanente”, explica.

EPS

O período de restrição de circulação e funcionamento dos negócios não diminuiu o comprometimento da população com a destinação correta do EPS, material que muitas pessoas conhecem pela marca IsoporR, e quase 20 toneladas do material já saíram de Ribeirão Preto e entraram na indústria para reciclagem.

O EPS (sigla internacional de Poliestireno Expandido) tem um projeto especial de coleta e destinação, em Ribeirão Preto, chamado Embalo Sustentável EPS. Cerca de 5% do EPS é material plástico e o restante é ar, por isso ele pode e deve ser reciclado.

Em 2019, a AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto lançou a campanha Civilidade nas Ruas, com objetivo de incentivar a destinação correta de resíduos na cidade, valorizando os projetos de sustentabilidade desenvolvidos por iniciativa da sociedade civil, dentre eles, o Embalo Sustentável EPS.

O EPS é um material que apresenta muito volume e pouco peso. A baixa densidade é um dos entraves para a logística. Porém, Ribeirão Preto conta com um equipamento que retira o ar, permitindo a diminuição significativa do volume para transporte. Periodicamente, quando a cidade alcança cerca de 2 toneladas de EPS armazenadas, o produto segue para a Santa Luzia Molduras, no município de Braço do Norte, em Santa Catarina, onde é transformado em novos produtos para decoração e construção civil, como perfis, molduras e revestimentos de pisos e paredes.

O EPS pode ser dispensado em vários pontos de coleta da cidade específicos para este material. 

A campanha Civilidade nas Ruas

Em 2019, a AEAARP-Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto lançou a campanha Civilidade nas Ruas, com objetivo de incentivar a destinação correta de resíduos na cidade, valorizando os projetos de sustentabilidade desenvolvidos por iniciativa da sociedade civil.

O portal da AEAARP mantém atualizada uma lista de endereços para descarte de material reciclável, incluindo blister: https://aeaarp. org.br/release/ecopontos-em-ribeirao-preto.

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