História, plantio, mercado e legislação. A revista Painel traz todas as informações sobre o bambu, uma planta multifuncional que vem conquistando espaço não só na movelaria e artesanato, como na construção civil, arquitetura, indústria de alimentos e cosméticos.
A planta milenar chegou ao Brasil com os colonizadores portugueses. Hoje são 260 espécies, distribuídas em 35 gêneros. Espécies nativas também são encontradas no país, principalmente no estado do Acre, onde existe a maior reserva natural em espécies nativas de bambu do mundo, com 4,5 milhões de hectares, segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Reconhecido pelo potencial econômico, o bambu pode substituir ou complementar outras matérias-primas, como fibra, carvão vegetal e madeira. Na construção civil é matéria-prima para revestimentos e pode ser utilizado no lugar do aço no reforço de estruturas de concreto, principalmente onde não há necessidade de curvas e estruturas muito longas.
O destino industrial da planta é a indústria de papel e celulose, bebidas e cosméticos. O bambu ainda pode ser utilizado como fonte de alimentação e do ponto de vista ambiental, a planta promove enriquecimento químico e físico do solo e pode ser usada para recuperação de áreas degradadas.
“Trata-se de um recurso rapidamente renovável que pode ser fonte contínua de matéria-prima para diferentes mercados e uma opção de negócio sustentável”, informa o engenheiro agrônomo Elias Melo de Miranda, pesquisador da Embrapa Acre.
O Brasil ainda não tem norma técnica para o uso do bambu. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), uma proposta está em fase de elaboração e será aberta à consulta pública.
“Por enquanto, os responsáveis técnicos se embasam em normas internacionais e experiência prática sobre o material para construção com o uso da matéria-prima”, explica engenheiro civil Vitor Marçal, secretário executivo da Associação Brasileira de Produtores de Bambu (Aprobambu).
A versão on-line da publicação está disponível no site www.aeaarp.org.br.