No dia Internacional da Mulher, o núcleo AEAARP Mulher organizou um grande evento com a arquiteta e Psicóloga, Raquel Mazo.
A palestra “O desafio da mulher contemporânea: poder ser TUDO e não ser obrigada a NADA”, ministrada por Mazo que trabalha com psicoterapia psicanalítica de adultos e adolescentes no consultório em Ribeirão Preto desde 2011, aconteceu no auditório na sede da associação e foi transmitida nas redes sociais, interessados podem acessar através do link:
Além da palestra, o Coral Som Geométrico AEAARP fez um apresentação para todos os presentes.
“O núcleo AEAARP Mulher nasceu para dar voz à mulher que atua em um campo majoritariamente masculino, e ontem foi uma noite de brindarmos isso, com uma palestra que nos fez repensar nossas vidas e hábitos e entender a evolução e conquista que tivemos até hoje em nosso dia a dia; fico feliz, pois, depois de um período de afastamento e com muitas reuniões virtuais (por conta da pandemia), podemos nos reencontrar e aproveitar para colocar os assuntos em dia e fazer networking.... Foi um prazer poder recebê-las neste evento”, disse a arquiteta e urbanista, Mirela Idino, coordenadora do AEAARP Mulher.
As histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher alimentam o imaginário de que a data teria surgido a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Sem dúvida, o incidente ocorrido em 25 de março daquele ano marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20, mas os eventos que levaram à criação da data são bem anteriores a este acontecimento.
Por que 8 de março é o Dia Internacional da Mulher?
O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos
Desde o final do século 19, organizações femininas oriundas de movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e os salários medíocres introduzidos pela Revolução Industrial levaram as mulheres a greves para reivindicar melhores condições de trabalho e o fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante o período.
O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.
Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações.
Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra - em um protesto conhecido como "Pão e Paz" - que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921.