Dia Internacional da Mulher na Engenharia

23/jun/2021

Apesar de esse mercado ainda ser majoritariamente masculino, a participação das mulheres na Engenharia não para de crescer, e a discrepância nas salas de aula é cada vez menor.  Diante desse cenário, de acordo com dados do sistema CREA houve um aumento de 78% no número de mulheres registradas no Conselho nos últimos 9 anos, estando mais da metade atuando na Engenharia Civil. Além disso, estudos do Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) indicam que o número de engenheiras registradas por ano no sistema teve um crescimento de 42% entre 2016 e 2018.

Vale ressaltar que a igualdade de gêneros ainda não é uma realidade na Engenharia. Dessa forma, segundo pesquisas do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em 2013, o salário médio das engenheiras representava 79% da remuneração masculina. Porém, a boa notícia é que essa diferença está menor e tende a diminuir cada vez mais nos próximos anos!

Ainda que as mulheres enfrentem muito mais preconceitos e desafios que homens ao longo da carreira na Engenharia, elas vêm provando seu devido valor e conquistando um espaço cada vez maior. Não se trata apenas de uma história de luta, mas também de superação.

Mulheres que revolucionaram a Engenharia

Destruindo preconceitos e quebrando barreiras: conheça algumas das incríveis mulheres que fizeram história dentro da engenharia!

Emily Warren Roebling (1843 – 1903)

Emily Roebling, engenheira-chefe na construção da Ponte do Brooklyn. Imagem: Brooklyn Heights Association
Emily Roebling, engenheira-chefe na construção da Ponte do Brooklyn. Imagem: Brooklyn Heights Association.

Embora não fosse formada em engenharia, ela aprendeu sobre projetos apenas acompanhando o trabalho do marido. Quando ele faleceu, Emily se responsabilizou por sucedê-lo, concluindo a construção da famosa Ponte do Brooklyn — símbolo de Nova York — e assumindo a função de engenheira-chefe da obra. Assim, Roebling se tornou uma grande referência de determinação, liderança e luta pelo direito feminino de acesso à graduação nos EUA.

Enedina Alves Marques (1913 – 1981)

Enedina Alves Marques, graduada em Engenharia Civil. Imagem: hypeness.com.br.
Enedina Alves Marques, graduada em Engenharia Civil. Imagem: hypeness.com.br.

Mulher, negra e pobre: inúmeros foram os preconceitos enfrentados — e superados — pela brasileira durante sua trajetória. Em 1945, se formou em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Assim, Enedina se tornou a primeira mulher graduada em engenharia no Paraná e a primeira engenheira negra do Brasil. Ao longo de sua carreira, participou de importantes obras no estado, como a construção do Colégio Estadual do Paraná e a Usina Capivari-Cachoeira (maior hidrelétrica subterrânea do sul do país). Apesar de viver em uma sociedade machista e discriminatória, a grande engenheira conquistou respeito e se tornou um exemplo de determinação, liderança e superação no meio.

Hedy Lamarr (1914 – 2000)

Hedy Lamarr, atriz e inventora. Imagem: newyorker.com.
Hedy Lamarr, atriz e inventora. Imagem: newyorker.com.

Não só de seu talento no cinema viveu Hedy Lamarr! Além de atriz de Hollywood, Hedy foi uma grande inventora, que muito contribuiu para a engenharia. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela criou um sofisticado sistema de comunicação para as Forças Armadas dos EUA. Mais tarde, sua teoria serviu como base para o desenvolvimento da comunicação através de redes móveis que temos atualmente, como Wi-Fi e Bluetooth. Por conta de sua importância, em 1997, a inventora recebeu o título de “mãe do telefone celular” pelo governo norte-americano.

Ginni Rometty (1957)

Ginni Rometty, CEO da IBM. Imagem: Getty Images.
Ginni Rometty, CEO da IBM. Imagem: Getty Images.

Graduada em Ciências da Computação e Engenharia Elétrica, entrou para a IBM — maior empresa de Tecnologia da Informação do mundo — como engenheira de sistemas em 1981.  Desde 2012, ela é CEO da IBM, sendo a primeira mulher a ocupar o cargo na empresa. Apesar de inúmeros desafios, a IBM realizou algumas das maiores aquisições de sua história sob a liderança da engenheira. Em 2019, Ginni Rometty foi eleita a 9° mulher mais poderosa do mundo pela Forbes.

Alba Colon (1968)

Alba Colon, contratada pela General Motors. Imagem: Divulgação Chevrolet Racing.
Alba Colon, contratada pela General Motors. Imagem: Divulgação Chevrolet Racing.

Em meio a tantos desafios e preconceitos, a engenheira provou que há espaço para participação feminina no setor automobilístico. Com muito esforço e determinação, ela mostrou que mulheres também entendem sobre carros. Logo após concluir o curso de Engenharia Mecânica, Alba Colon foi contratada pela General Motors e, atualmente, é engenheira-chefe da Chevy Racing, a equipe da GM na NASCAR. Grandes campeões já venceram pilotando carros projetados por Alba, como Danica Patrick, Jeff Gordon e Jimmie Johnson.

Feliz Dia Internacional das Mulheres na Engenharia a todas as profissionais da área!

Aproveite para compartilhar este artigo com as mulheres que te inspiram, mostre a elas o valor de sua força de trabalho!

fonte alcancejr

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